quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Audiência Pública da Alerj discute a Economia Solidária

 

Em tempos de crise econômica ampliar os horizontes dos cidadãos para que busquem alternativas de renda ou até mesmo se consolidem como microempresários e empreendedores é uma das propostas da Frente Parlamentar em Defesa da Economia Popular e Solidária da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que realiza nesta sexta-feira, às 16h30min, no Espaço Z, em Resende, a Audiência Pública, “Ampliando o Olhar Sobre as Políticas Públicas para a Economia Solidária”. O evento presidido pelo deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), visa fomentar a discussão sobre políticas públicas para a Economia Solidária nos municípios da Região das Agulhas Negras, formada por Resende, Itatiaia, Porto Real e Quatis.
Os representantes da pasta de Trabalho e Renda das cidades envolvidas foram convidados e Resende terá participação com explanação da superintendente de Economia Criativa, da Secretaria de Trabalho e Renda, Marly Ceccoline Cortona. Ela vai explicitar as ações desenvolvidas no Município, com destaque para o curso gratuito Mulheres que Costuram em Casa. O projeto realizado em cinco comunidades distintas conta com 35 alunas que aprendem como realizar reparo em roupas e confeccionar acessórios como chapéus e aventais para empresas. "A proposta é manter as mulheres em casa, na sua zona de conforto, com a oportunidade de ampliar sua renda familiar com a costura. Temos a MAN Latin America como parceira na divulgação do trabalho das costureiras. O uniforme distribuído aos industriários contém uma filipeta de propaganda do serviço das costureiras. Vamos estender esta parceria também para a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman)", frisa Marly, que já tem uma fisioterapeuta indicada para orientar as costureiras sobre ergonomia, evitando que sofram lesão devido à postura incorreta durante o trabalho. O curso tem formatura prevista para o dia 22 de setembro, com entrega de certificados no Lions Clube Resende, no Centro.
O Plano Nacional de Economia Solidária, lançado em 2014, prevê a organização de conselhos e fóruns municipais e estaduais sobre o tema, para o desenvolvimento permanente das políticas públicas voltadas para o setor. A legislação prevê também repasses para o fomento das iniciativas. A Economia Popular e Solidária pode diminuir os efeitos de períodos de crise.
Representante da região na Alerj e membro da Frente Parlamentar em Defesa da Economia Popular e Solidária, a deputada e primeira-dama de Resende, Ana Paula Rechuan (PMDB), afirma que a economia solidária favorece o trabalho em casa, gerando renda mesmo sem ter um emprego de carteira assinada. “Esse modelo é uma maneira de transformar a vida dessas famílias, dando autonomia e cidadania. O que queremos é dar nossas mãos para ser um apoio a essas famílias que desejam sair do desemprego, que podem ter na economia solidária uma forma de constituir sua renda. Também queremos colocar profissionais que tenham experiência nessa área disponíveis para qualificar essas pessoas, além do Estado como estimulador, mostrando boas práticas nesse sentido para que haja uma troca de experiências”, disse a deputada.
A audiência terá como autoridades convidadas o secretário de Estado de Trabalho e Renda, Arolde de Oliveira e secretários da pasta de Trabalho e Renda dos municípios envolvidos, além dos prefeitos de Resende, Itatiaia, Quatis e Porto Real; a presidente da Associação de Catadores de Resende, Edna Silva Canuto; o professor Luiz Abegão, da Universidade Federal Fluminense; e o coordenador executivo do Fórum Estadual de Economia Solidária, Antônio Oscar. Além deles, artistas de vários gêneros, grupos de agricultura familiar, bancos comunitários e cooperativas também confirmaram presença

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