quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Economia Solidária como alternativa para a crise


 

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Revelando talentos, orientando para empreender e unindo aptidões para gerar renda. Assim é a Economia Solidária. Em tempos de recessão econômica, o segmento se fortalece como alternativa. Quem afirma, é o prefeito Rui Palmeira, relatando que em Maceió o Executivo enxergou esse potencial e tem atuado desde 2013 no desenvolvimento do setor.
Na capital alagoana, o trabalho é articulado pela Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes), que tem unido trabalhadores que encontraram no segmento uma forma de impulsionar habilidades e possibilidade de mercado. “Quando assumimos a gestão, tínhamos apenas quatro grupos, hoje temos mais de 70 grupos de Economia Solidária no município. Temos sempre passado por avaliações positivas, o que tem me convencido ainda mais da importância dessa área para Maceió”, comentou o prefeito.
O pronunciamento foi feito durante a posse dos integrantes do Conselho Municipal de Economia Solidária (CMES), na manhã desta quinta-feira (30), no prédio da Procuradoria Geral do Município (PGM), no Centro. “Existem na cidade muitos grupos com potencial, mas que não conseguiam evoluir por conta da falta de assessoramento. O Município vai seguir atuando para encontrar, organizar e capacitar grupos e, sobretudo, tornar o produto mais competitivo para o mercado”, disse Rui.

A secretária municipal de Trabalho e Economia Solidária, Solange Jurema, participou da cerimônia e explicou a função do Conselho. “O órgão tem como objetivos definir as políticas públicas a serem adotadas pelo Município para o desenvolvimento da Economia Solidária. Cabe a ele instituir o Selo de Economia Solidária para identificação, pelos consumidores, do caráter solidário e ecológico, além de constituir o Comitê Certificador, por representantes de Empreendimentos e Assessorias. O Conselho é um órgão colegiado, tripartite, deliberativo, normativo e permanente”, afirmou.
Solange também lembrou que o trabalho desenvolvido por Maceió no segmento, inclusive, já é reconhecido pela Secretaria Nacional de Economia Solidária. Ela reforçou o aspecto social que esse trabalho promove. “Colecionamos histórias de mulheres que encontraram, na Economia Solidária, a possibilidade de mudar de vida. Muitas são chefes de família, algumas estavam ociosas, mas aprenderam e recebem orientação para melhorar seu produto, empreender da maneira correta. Por isso mais do que geração de renda, elas têm resgatado sua autoestima”, comemora a secretária.
Ela argumenta que a gestão Rui Palmeira entendeu a importância da Economia Solidária e abraçou o segmento. O resultado tem sido positivo e a perspectiva é continuar crescendo. “A Economia, como o próprio nome diz, é de fato, solidária”, finalizou.

E são as próprias artesãs quem comprovam os resultados positivos. A nova conselheira Denise Oliveira, ligada ao Grupo Mulheres de Talento, reconhece a inciativa. “Trabalho com artesanato há 10 anos. De lá para cá, a Economia Solidária teve um grande avanço. Hoje eu digo, com toda certeza que existe Economia Solidária em Maceió, em Alagoas. Sou artesã, faço filé, bonecas de pano, peso de porta e outras artes, mas integrar o Conselho é uma honra e uma responsabilidade”, comentou a nova conselheira. Como artesã, Denise se emociona ao contar sua história. “Com o artesanato, eu conquistei minha independência financeira. Hoje além de comercializar o que eu produzo já não dependo do meu marido para comprar o que eu preciso”, resumiu.

A artesã Marinete Alexandre Vasco comentou que o segmento comemora e que o sentimento é de valorização. “Saímos do anonimato. Hoje, conseguimos expandir nosso trabalho, levamos nossa produção para expor nos três shoppings da cidade. Por tudo isso, agradecemos à Prefeitura e à Semtabes”, frisou.
Os interessados em integrar esse trabalho devem procurar a Semtabes, no Centro, das 8h às 14h, ou fazer contato no 3315-6220.
O CMES
“O Conselho já existia desde 2009, mas a partir de agora passa existir de fato e de direito”, disse o prefeito. O CMES é formado por representantes do segmento que foram eleitos em abril deste ano.

Criado pela Lei nº 5.839/2009, o Conselho Municipal de Economia Solidária integra a Política Municipal de Fomento à Economia Solidária no Município de Maceió, que visa o desenvolvimento e fomento às empresas, cooperativas, associações, redes e empreendimentos de autogestão que compõem o setor da Economia Solidária, de forma a integrá-los ao mercado e a tornar suas atividades autossustentáveis, por meio de programas, projetos, parcerias e convênios.
A Composição atual Talentos, Coopvila, Artesã Criativa e Somando Talentos são os quatro empreendimentos solidários eleitos. Já a Cáritas Arquidiocesana de Maceió, Iadec – Banco Cidadão, Unitrabalho e Centro de E.A.S. Bartolomeu (Ceasb) foram eleitos como apoio.

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