terça-feira, 1 de abril de 2014

Lançado o Programa Sergipano de Economia Solidária


 

Na tarde desta terça-feira, 25, Sergipe deu mais um grande passo para ampliação de alternativas de renda e trabalho para o povo sergipano, ação que favorece também a luta pela superação da extrema pobreza. É que o Governo do Estado, através da realização do Encontro Estadual de Economia Solidária oferece a perspectiva de construção de um novo modelo de trabalho e ganhos. Para tanto, o governador Jackson Barreto lançou o Programa Sergipano de Economia Solidária, promovendo o conceito diferenciado, que tem a evolução social como pano de fundo, onde a cooperação e não a competição seja a ferramenta principal do trabalho.

A ação é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual do Trabalho (Setrab) em parceria com o Fórum Estadual de Economia Solidária e apoio da Secretaria Nacional da Economia Solidária – Senaes, do Ministério Trabalho e Emprego – MTE. A Secretaria tem à frente o economista Paul Singer, responsável pela introdução da Economia Solidária no Brasil.

“A gente tem que pensar na economia solidária como forma de ajudar a esses produtores de todo o estado e acalentar um sonho, um projeto de Paul Singer, que é uma figura emblemática para o nosso País. É um projeto que prevê várias ações, dá oportunidade a pessoas empreendedoras, e, acima de tudo, se volta a situação econômica dos mais carentes, dos mais pobres. O projeto abrange todo o estado, dando oportunidades a todos e fortalecendo nossa economia”, explicou Jackson Barreto.

Em dezembro de 2013, o Governo de Sergipe, por meio da Setrab, firmou convênio na ordem de R$ 6.300.000,00 junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, através da Senaes, para execução de ações integradas de economia solidária. Os recursos garantirão a implantação do Programa Estadual de Economia Solidária, série de ações voltadas a afirmar a Economia Solidária como um novo modelo de desenvolvimento, sustentável, includente e solidário.

Participam do Encontro Estadual, que vai discutir as potencialidades da economia solidária no estado, 2.500 empreendedores da economia solidária dos oito territórios de desenvolvimento (Alto Sertão, Médio Sertão, Baixo São Francisco, Agreste Central, Leste, Sul, Centro Sul e Grande Aracaju).

"Este é um momento ímpar para a Economia Solidária! Nós, pequenos agricultores, agradecemos, pois todos nós sabemos o quanto este governo tem feito pela agricultura familiar no nosso estado. Claro que é preciso que se faça muito mais, pois a agricultura familiar é uma das maiores geradoras de emprego no nosso estado", disse José Joelito Costa, representante da Central de Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado de Sergipe (Centrafes).

“Traçamos um caminho diferente, através de uma economia que tem como base e prioridade o ser humano. A economia solidária, e este governo, enxergam a agricultura familiar como um setor estratégico e valoriza uma série de empreendimentos como o extrativismo e o artesanato. A renda, que é o suor e lágrimas de todos nós, é nosso orgulho, porque é através da nossa produção e da educação que alcançamos nossos objetivos. É possível, sim, fazer uma sociedade diferente, uma economia diferente. Inauguramos aqui, uma nova fase para a Economia Solidária de Sergipe”, argumentou o representante da Cooperativa de Transportes , Adnaldo Santos.

Setrab e Setrabes

Durante o evento, também foi assinada Mensagem de Projeto de Lei que altera a denominação da Secretaria do Estado do Trabalho (Setrab) para Secretaria de Estado do Trabalho e Economia Solidária (Setrabes), adequando sua nomenclatura a suas atribuições legais, contemplando o fomento às políticas públicas direcionadas ao fortalecimento da economia solidária.

Programa Estadual de Economia Solidária

O Programa pretende organizar e mobilizar as comunidades e empreendedores econômicos solidários, visando oferecer a implantação, adequação e manutenção de cinco espaços multifuncionais em quatro territórios do estado, sendo quatro Espaços de Comercialização Solidária – ECOS e um Mercado Central de Economia Solidária. Além disso, serão organizadas cinco Feiras Territoriais e 3 distritais (ECOS feira); e haverá consultoria técnica e formação para os Empreendedores Econômicos solidários nos oito territórios de desenvolvimento, sendo que, o programa prevê formação em economia solidária para 1.000 associados de empreendimentos econômicos solidários e a oferta de Consultoria técnica para 250 Empreendimentos Econômicos Solidários, como também a Incubação de 50 empreendimentos nas áreas de gestão, qualificação da produção e prática de comércio justo.

A ação contará, ainda, com apoio à comercialização e às finanças solidárias, por meio da implementação de bancos e redes de bancos comunitários, através da estruturação e promoção de quatro bancos comunitários; e realização de investimento em 250 empreendimentos econômicos solidários.

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