Na tarde desta terça-feira, 25, Sergipe deu mais um grande
passo para ampliação de alternativas de renda e trabalho para o povo
sergipano, ação que favorece também a luta pela superação da extrema
pobreza. É que o Governo do Estado, através da realização do Encontro
Estadual de Economia Solidária oferece a perspectiva de construção de um
novo modelo de trabalho e ganhos. Para tanto, o governador Jackson
Barreto lançou o Programa Sergipano de Economia Solidária, promovendo o
conceito diferenciado, que tem a evolução social como pano de fundo,
onde a cooperação e não a competição seja a ferramenta principal do
trabalho.
A ação é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da
Secretaria Estadual do Trabalho (Setrab) em parceria com o Fórum
Estadual de Economia Solidária e apoio da Secretaria Nacional da
Economia Solidária – Senaes, do Ministério Trabalho e Emprego – MTE. A
Secretaria tem à frente o economista Paul Singer, responsável pela
introdução da Economia Solidária no Brasil.
“A gente tem que pensar na economia solidária como forma de ajudar
a esses produtores de todo o estado e acalentar um sonho, um projeto de
Paul Singer, que é uma figura emblemática para o nosso País. É um
projeto que prevê várias ações, dá oportunidade a pessoas
empreendedoras, e, acima de tudo, se volta a situação econômica dos mais
carentes, dos mais pobres. O projeto abrange todo o estado, dando
oportunidades a todos e fortalecendo nossa economia”, explicou Jackson
Barreto.
Em dezembro de 2013, o Governo de Sergipe, por meio da Setrab,
firmou convênio na ordem de R$ 6.300.000,00 junto ao Ministério do
Trabalho e Emprego, através da Senaes, para execução de ações integradas
de economia solidária. Os recursos garantirão a implantação do Programa
Estadual de Economia Solidária, série de ações voltadas a afirmar a
Economia Solidária como um novo modelo de desenvolvimento, sustentável,
includente e solidário.
Participam do Encontro Estadual, que vai discutir as
potencialidades da economia solidária no estado, 2.500 empreendedores da
economia solidária dos oito territórios de desenvolvimento (Alto
Sertão, Médio Sertão, Baixo São Francisco, Agreste Central, Leste, Sul,
Centro Sul e Grande Aracaju).
"Este é um momento ímpar para a Economia Solidária! Nós, pequenos
agricultores, agradecemos, pois todos nós sabemos o quanto este governo
tem feito pela agricultura familiar no nosso estado. Claro que é preciso
que se faça muito mais, pois a agricultura familiar é uma das maiores
geradoras de emprego no nosso estado", disse José Joelito Costa,
representante da Central de Cooperativa da Agricultura Familiar e
Economia Solidária do Estado de Sergipe (Centrafes).
“Traçamos um caminho diferente, através de uma economia que tem
como base e prioridade o ser humano. A economia solidária, e este
governo, enxergam a agricultura familiar como um setor estratégico e
valoriza uma série de empreendimentos como o extrativismo e o
artesanato. A renda, que é o suor e lágrimas de todos nós, é nosso
orgulho, porque é através da nossa produção e da educação que alcançamos
nossos objetivos. É possível, sim, fazer uma sociedade diferente, uma
economia diferente. Inauguramos aqui, uma nova fase para a Economia
Solidária de Sergipe”, argumentou o representante da Cooperativa de
Transportes , Adnaldo Santos.
Setrab e Setrabes
Durante o evento, também foi assinada Mensagem de Projeto de Lei
que altera a denominação da Secretaria do Estado do Trabalho (Setrab)
para Secretaria de Estado do Trabalho e Economia Solidária (Setrabes),
adequando sua nomenclatura a suas atribuições legais, contemplando o
fomento às políticas públicas direcionadas ao fortalecimento da economia
solidária.
Programa Estadual de Economia Solidária
O Programa pretende organizar e mobilizar as comunidades e
empreendedores econômicos solidários, visando oferecer a implantação,
adequação e manutenção de cinco espaços multifuncionais em quatro
territórios do estado, sendo quatro Espaços de Comercialização Solidária
– ECOS e um Mercado Central de Economia Solidária. Além disso, serão
organizadas cinco Feiras Territoriais e 3 distritais (ECOS feira); e
haverá consultoria técnica e formação para os Empreendedores Econômicos
solidários nos oito territórios de desenvolvimento, sendo que, o
programa prevê formação em economia solidária para 1.000 associados de
empreendimentos econômicos solidários e a oferta de Consultoria técnica
para 250 Empreendimentos Econômicos Solidários, como também a Incubação
de 50 empreendimentos nas áreas de gestão, qualificação da produção e
prática de comércio justo.
A ação contará, ainda, com apoio à comercialização e às finanças
solidárias, por meio da implementação de bancos e redes de bancos
comunitários, através da estruturação e promoção de quatro bancos
comunitários; e realização de investimento em 250 empreendimentos
econômicos solidários.