terça-feira, 7 de dezembro de 2010

COOPERATIVISMO NO ESPÍRITO SANTO

Cada ano que passa, o principal lema das cooperativas - relacionado à união em prol de um bem comum - vem conquistando mais força e fincando sua bandeira no cenário do desenvolvimento econômico das cidades onde estão sediadas. No fim das contas isso significa crescimento tanto para o Estado, como para os cooperados.


Prova disso é a presença de 14 cooperativas no ranking das 200 maiores empresas do Espírito Santo em 2009, feito pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), baseado na receita operacional bruta contabilizada no Estado ano passado. Foram seis a mais do que em 2008. Um aumento de quase 50% em apenas um ano. E é no interior do Estado que elas têm feito a diferença.


Na região Sul, quatro cooperativas entraram no ranking. São elas: Selita, Unimed Sul Capixaba, Sicoob Sul Serrano e Sicoob Sul. Somadas, as receitas das cooperativas sulinas chegaram a cifra de quase R$345 milhões, e apresentaram um crescimento médio de 24% de 2008 para 2009.


O destaque da região ficou com a Cooperativa de Laticínios Selita, que subiu 23 posições no ranking e teve um aumento de 55% em relação a 2008, passando o faturamento de quase R$117 para mais de R$181 milhões de um ano para outro.


Para o presidente da Selita, José Onofre Lopes, o posicionamento da cooperativa é o resultado de um planejamento colocado em prática há mais de 10 anos. "Conseguimos mostrar que as cooperativas estão ganhando espaço e tornando-se peça fundamental para a economia do Espírito Santo".


Igualdade


José Onofre também destaca a importância da cooperativa para os pequenos produtores rurais. "Hoje, 75% dos nossos cooperados vivem no campo e ganham menos de um salário mínimo.


A Selita é um meio que os permite continuar na roça e manter suas famílias e competindo em igualdade com outros produtores, alguns bem maiores do que eles".


Já o presidente da Unimed Sul Capixaba - a segunda do Sul no ranking das maiores - Pedro Scarpi, a gestão cooperativista é o meio mais eficaz de promover inserção social e econômica, pois abre espaço para pessoas de todos os níveis socioeconômicos. "É a única forma de gerar emprego e renda de forma sustentável", avalia.


O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) no Espírito Santo, Estherio Colnago, acredita que o grande diferencial do sistema cooperativista está na filosofia de crescimento conjunto.


"A boa notícia é que essa participação econômica no Espírito Santo vem aumentando - entre 15 e 20% anualmente - e chega atrelada ao desenvolvimento sustentável e social, gerando empregos e distribuindo a renda de forma igualitária, e fazendo com que a riqueza circule dentro das comunidades nas quais elas estão inseridas".