domingo, 26 de dezembro de 2010

NORDESTE SUSTENTÁVEL

Na cerimônia organizada para apresentar um balanço dos oito anos de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o saldo entre erros e acertos da gestão dele pode ser medido pelo alto índice de aprovação popular. Lula agradeceu aos ministros que passaram pelo governo ao longo dos últimos oito anos, inclusive os que deixaram as pastas em “momentos difíceis”. “Podem ficar certos de que, quando eu descer aquela rampa [do Palácio do Planalto], cada partícula das coisas que conquistamos terá tido a participação de cada um de vocês”

Ao citar ações dos oito anos de mandato, Lula destacou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que, segundo ele, transformou o país em um canteiro de obras, movimentou setores da economia que estavam parados e distribuiu obras de infraestrutura para regiões que estavam fora do eixo de desenvolvimento, como o Norte e o Nordeste.

“O Nordeste, que que só recebia atenção no período da seca, hoje é o berço de novas refinarias, estaleiros e grandes obras de infraestrutura, como a transposição do [Rio] São Francisco. O mesmo [ocorre] na Região Norte, onde estão em construção algumas das maiores, mais modernas e sustentáveis usinas hidrelétricas do mundo”, disse o presidente em discurso.

Lula ainda exaltou a queda do ritmo de desmatamento na Amazônia, a criação de áreas protegidas e o programa de biodiesel como ações do Brasil para cumprir compromissos de redução das emissões de gases de efeito estufa assumidos internacionalmente.

Ao fazer um balanço das áreas de educação, ciência e tecnologia, Lula citou a criação de 14 universidades federais e 214 escolas técnicas nos últimos oito anos e a entrada de 750 mil jovens no ensino superior por meio das bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni). “Hoje, centenas de milhares de jovens negros, índios e pobres estão sendo os primeiro membros de suas famílias a contar com diploma universitário”.

Lula disse que termina o segundo mandato deixando o Brasil com o pré-sal, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Fomos os últimos a entrar e os primeiros a sair da crise [financeira internacional]. E, se depender da dona Dilma [Rousseff, presidenta eleita] e do seu Guido [Mantega, ministro da Fazenda], chegaremos a ser a quinta economia do mundo em 2016, para ganhar a primeira medalha de ouro logo na abertura das Olimpíadas”.