sábado, 5 de outubro de 2013

Cooperativa à grega

 

Estamos em Syros nas ilhas gregas. O país está há seis anos em recessão, com uma taxa de desemprego recorde de 27,6%. Aqui, as mulheres uniram-se e formaram uma verdadeira cooperativa anti-crise. Elas são essenciais para Syros. Todos os dias vinte mulheres, a maioria sem qualificações específicas, prepararam pratos tradicionais gregos, que são vendidos num restaurante central.
A cooperativa está no ativo desde 2000, e com o dinheiro feito montaram-se cozinhas. O que fica por vender é distribuído em instituições de caridade.
O volume de negócios de cerca de 400 mil euros por ano, caiu um pouco durante a crise, mas os postos de trabalho permanecem.
Anna Darzenta, Presidente, cooperativa Kastri: “Devido à crise, muitos dos nossos membros vieram trabalhar na cooperativa, porque os maridos perderam os empregos. Aqui os salários são cerca de 20% mais altos do que no setor privado.”
Para lidar com a crise, a cooperativa delineou uma estratégia de negócio e continua a atrair um grande número de clientes.
Anna Darzenta: “A cooperativa adaptou-se à situação. Por exemplo, reduzimos 1€ nos preços, a pedido dos sindicatos. Também introduzimos um sistema de fidelidade e oferecemos pequenos presentes aos nossos clientes.”
  “Um em cada quatro novos negócios criados na UE é um empreendimento social, porque são tão populares? Vamos perguntar a um especialista.”
A Confederação Europeia das Cooperativas representa cerca de 50 mil empresas que empregam 1 milhão e 400 mil pessoas, com um volume de negócios de 50 mil milhões de euros por ano. Em tempos difíceis, o empreendedorismo social é vital.
Ioannis K. Nasioulas, Conselheiro, Grupo Europeu de Peritos em economia social: “A força das empresas sociais reside no seu não compromisso com empréstimos bancários…A segunda coisa é que não pode haver uma contribuição no capital de muitas formas, não só em dinheiro…O terceiro aspeto é que as empresas sociais são muito flexíveis a nível local. “
O empreendedorismo social é uma forma de sair da crise grega e é um setor em crescimento.
Ioannis K. Nasioulas: “Em números gerais, o PIB setorial das cooperativas na Grécia é de cerca de 1,5 mil milhões de euros. Na verdade, está a aumentar, em comparação com o PIB nacional, que está em declínio, devido à crise.”
Anna Darzenta: “Para mim, as chaves para o sucesso são: gostarmos do que fazemos. O foco em produtos de qualidade e não desistir ao primeiro obstáculo.”

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