sábado, 5 de outubro de 2013

Empreendedores de Portugual recebem apoio para lançar negócios sociais

 


Santa Casa da Misericórdia quer funcionar como "uma garantia" junto da banca para projectos na área social
Trinta empreendedores de negócios sociais vão receber o apoio do Banco de Inovação Social, com um fundo de 350 mil euros, no lançamento dos seus projetos, uma iniciativa a que hoje se juntou a Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Apoio a famílias em rutura, combate ao abandono escolar através da música, oferta de serviços específicos a empresas, promoção da saúde dos idosos são exemplos de alguns dos 30 negócios sociais que hoje formalizaram os contratos-programa com o Banco de Inovação Social (BIS), plataforma de apoio à criação de negócios sociais.
O BIS, desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), integra mais de 20 parceiros, entre os quais o Ministério da Solidariedade, as câmaras de Lisboa e de Cascais, o INATEL e a AICEP, e passa a contar a partir de hoje com a Santa Casa da Misericórdia do Porto.
A Misericórdia do Porto também aderiu hoje ao Fundo BIS de Investimento Social, disponibilizando 100 mil euros para o fundo, do qual são acionistas a Santa Casa de Lisboa e o banco Montepio.
Um total de 350 mil euros está disponível para "facilitar o acesso" dos empreendedores ao microcrédito e "investir em negócios sociais inovadores", segundo a SCML.
Na cerimónia de adesão, o provedor da Santa Casa de Lisboa, Pedro Santana Lopes, defendeu que "estes projetos de empreendedorismo e inovação social merecem e precisam de muita reflexão e trabalho".
O provedor da Misericórdia do Porto, António Tavares, justificou a adesão da instituição ao projeto com "a situação que o país vive" e com "as novas respostas que têm de ser dadas aos portugueses".
"É nas circunstâncias difíceis que é possível dar passos ousados", defendeu o responsável.
A diretora do departamento de Empreendedorismo e Economia Social da SCML, Maria do Carmo Marques Pinto, explicou que o objetivo do BIS é facilitar o acesso destas empresas ao microcrédito.
A ideia não é financiar os projetos ou atribuir subsídios, mas funcionar como "uma garantia" junto da banca, referiu.
Cada projeto tem dois tutores, "uma espécie de irmãos mais velhos" que acompanham o desenvolvimento do plano, e os empreendedores vão receber até 30 de novembro uma formação intensiva, concedida pelos parceiros do BIS, para preparação do plano de negócio, nas áreas jurídica, financeira ou de comunicação.
Ana Luísa Freitas propõe ser uma "Resolvedora de Problemas", facultando às empresas ou particulares serviços pontuais a preços "muito baixos".
"É a tal que todos queremos contratar", gracejou Pedro Santana Lopes, admitindo, em tom de brincadeira, propor "uma avença" desta empresa junto da Misericórdia de Lisboa.
Prevenir o divórcio de casais em situação de rutura, através de terapia de casal ou mediação familiar, ou prestar apoio psicológico ou jurídico a pessoas divorciadas é o objetivo do "SOS Divórcio", um projeto de Ana Leandro, que resultou da constatação de "uma série de necessidades" entre os cerca de 4.000 utilizadores de um fórum na internet sobre separações.
Com a iniciativa "No Ritmo da Escola", Hélder Costley-White e Steve Bird querem combater o abandono escolar, levando a música a adolescentes em risco.
"A ideia é instalarmos uma escola de DJ e produção musical num bairro histórico da Lisboa e trabalharmos com as escolas para identificar os casos", disse à Lusa Hélder Costley-White.

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