terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Centro Público de Economia Solidária consolida sucesso em 2010

Criado com o propósito de articular oportunidades de geração, fortalecimento e promoção do trabalho coletivo, o Centro Público Estadual de Economia Solidária - Cesol atendeu, este ano, quase dois mil empreendimentos solidários, beneficiando mais de 25,9 mil pessoas em Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista, onde está instalado. “É uma política inédita no Brasil. Não há centros públicos vinculados a governos estaduais”, pontuou o secretário do Trabalho - Setre, Nilton Vasconcelos.
A pasta está à frente da gestão dos Centros, através da Superintendência de Economia Solidária – Sesol/Setre e, inclusive, estão em andamento negociações para instalação de uma nova unidade, em Juazeiro, ao norte do estado, ainda este ano. A prioridade, entretanto, é investir em melhorias de infra-estrutura e condições de trabalho, tanto em Feira quanto em Conquista, para consolidar os projetos já iniciados.

A unidade de Salvador é a pioneira. Inaugurado em dezembro de 2008, o espaço promove atividades de qualificação, associativismo e cooperativismo, fundamentados nos preceitos da economia solidária, através da organização coletiva da produção e da adoção de práticas justas e igualitárias no âmbito do trabalho. O Centro também serve como base de financiamento aos empreendimentos ou seus associados. E os diversos grupos cooperados ainda podem contar, gratuitamente, com consultoria nas áreas administrativa, jurídica, contábil, pedagógica, comercial, de assistência social, design e comunicação.

A sede, situada no bairro do Comércio, conta com o Espaço Solidário, onde estão instaladas 17 cooperativas, selecionadas por meio de chamada pública, realizada anualmente. No local, são comercializadas peças diversas, a preços populares, para todos os públicos, desde roupas e acessórios, a artesanato e utilidades do lar. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. “Um elemento importante é que o Centro é, por um lado, espaço de convivência, no sentido de integração das organizações e do Estado, e também um espaço de comercialização de produtos e de articulação das políticas e dos serviços”, ratifica Vasconcelos.

O titular da Setre ainda destaca os investimentos na construção de incubadoras e cooperativas vinculadas a universidades ou ONGS. Atualmente, são 32 implantadas em diversas regiões da Bahia, promovendo ações de qualificação e capacitação profissional nas comunidades, sob a supervisão do próprio Centro Estadual de Economia Solidária. “Elas desempenham um papel complementar aos Cesols, que, por sua vez, acompanham a sua atuação”, completou.