terça-feira, 18 de janeiro de 2011

DEMOCRATIZAR O CRÉDITO

Os incentivos ao micro e pequeno empreendedorismoSetor até então pouco incentivado pelo poder público, o micro e pequeno empreendedorismo passará a ter atenção e apoio do Governo do Estado. "É decisão do governador Tarso Genro", afirmou o secretário de Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa, Maurício Dziedricki, após reunião no Palácio Piratini nesta terça-feira (11). Para democratizar o crédito aos pequenos negócios, um grupo de trabalho será criado com representantes do Banrisul, CaixaRS, BRDE e Banco do Brasil para atender à demanda. Isso significa que serão adotados procedimentos para desburocratizar o processo de concessão do crédito ao micro e pequeno empreendedor, adiantou Dziedricki.

De acordo com o secretário, o principal desafio deste ano na gestão pública da economia solidária no Rio Grande do Sul será o de estabelecer uma nova política de crédito e microcrédito. No cenário atual da economia brasileira, reproduzido no RS, a micro e pequena empresa, conforme Dziedricki, oferece a quase totalidade dos empregos gerados. "Isso é algo próximo a 99% dos postos de trabalho, vindos de um segmento que participa com 20% do Produto Interno Bruto nacional", observou o secretário. Devido à importância do segmento, o Estado dedicará esforços para reduzir também o fechamento das micro e pequenas empresas.

Conforme informação do secretário, 70% das microempresas encerram suas atividades nos seus primeiros três anos de operações. "Então, pretendemos estabelecer a economia solidária como um novo vetor para a economia gaúcha, de inclusão de milhares de pessoas que exercitam práticas econômicas sem grande expressão financeira, mas com grande importância social. Haverá, portanto, investimento e apoio do poder público. Essa é porta de entrada para o desenvolvimento social com justiça", analisou Dziedricki. Outra meta de ação governamental é estimular a formação de redes de cooperação entre pequenos produtores no Estado.

O secretário destacou, ainda, que a economia solidária é uma vertente mundial. "O que queremos no Rio Grande do Sul é estabelecer uma marca dessa economia e garantir que ela tenha bons reflexos na produção e protagonismo nacional". Os micro e pequenos produtores, disse Dziedricki, têm grande importância na economia não apenas pela geração de trabalho e renda, mas também pela sua participação na redução dos impactos das injustiças, muitas vezes decorrentes da própria da atividade econômica. Por isso, o Governo do Estado vai investir nesse setor