quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

CRIAÇÃO DE JACARÉ

No sentido de avançar e incentivar o desenvolvimento sustentável no Estado, o Governo do Amazonas vai apoiar os projetos de atividade de manejo de jacarés na região, abrindo oportunidades de geração de renda para moradores de áreas propícias à criação dessa espécie.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) publicou no Diário oficial em janeiro deste ano, a Portaria 007/2011 que institui um Grupo de Trabalho para atuar no nivelamento de informações além de avaliar o estado atual dos projetos de manejo de jacarés na região.

O Grupo inicia as ações fazendo um levantamento técnico dos avanços referentes aos projetos realizados para subsidiar o manejo de jacarés. Em seguida, será elaborado um Plano de Ação junto aos órgãos oficiais competentes para constituir a atividade e a comercialização da carne e pele. Outra atribuição é promover a comunicação interinstitucional para subsidiar as ações relacionadas ao Projeto de manejo de jacarés em Unidades de Conservação de Uso Sustentável, além de promover a transparência dos processos e discussões permanentes sobre o tema.

Atualmente, as experiências para testar procedimentos de captura, avaliar qualidade de carne e pele, estudos de logística, questões sanitárias e de mercado foram realizadas apenas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, entre os anos de 2004 e 2010. A RDS Mamirauá possui condições ideais para o estabelecimento do manejo considerando as pesquisas realizadas e o nível de organização das comunidades ribeirinhas.

Manejo

O manejo de jacarés pode ser realizado nas Unidades de Conservação do grupo denominadas de "Uso Sustentável", nas categorias Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Extrativista, Floresta Estadual e Reserva Privada de Desenvolvimento Sustentável. De acordo com a Portaria 007/2011, o GT tem 60 dias para definir os procedimentos que deverão constar no Plano de Ação, nesse período, serão sistematizadas as novas propostas.

Para a comercialização da carne e pele, a ação conta com o auxílio de órgãos envolvidos com atividades de negócios sustentáveis como IDAM, SDS, Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Secretaria Executiva de Pesca e Aqüicultura (SEPA) e iniciativa privada, na busca de investimentos nas principais agencias de fomento no Estado. A titular da SDS, Nádia Ferreira, explica que será necessário consolidar os critérios para o manejo.

“Entre eles, o monitoramento das populações de jacaré, fortalecimento da organização das associações comunitárias comprometidas com a conservação da espécie, ampliação do mercado de carne no comércio local e mercado para as peles. O hábito pelo consumo dessa carne também deverá ser incentivado”.